Há 40 dias internado com pneumonia, Bianor deve ter alta amanhã. A recuperação só veio com um tratamento rigoroso. “A medicação chegava no horário certo. As enfermeiras vinham aplicar na gente. Eu nem pensei em recuperar tão rápido. Não estou sentindo mais nada”, afirma o carpinteiro Bianor Inácio. A precisão é graças ao sistema informatizado na farmácia do Hospital Regional de Samambaia. A burocracia do formulário em papel deu lugar à modernidade. Assim que a farmacêutica verifica a receita prescrita pelo médico no computador, os remédios são divididos em caixas individualizadas por pacientes. “A enfermagem tem mais tempo pro paciente. Ele recebe as medicações nos horários corretos. Diminui também os erros de dosagem, porque sobe a dose certa enviada pela farmácia”, explica a farmacêutica Kênia de Souza. Além dessas vantagens, o sistema implantado há quase um ano aumentou o controle sobre os medicamentos. De acordo com a direção, houve uma economia de 74%. “Todo o desvio, toda a possibilidade de furto ou de desvio e perda desaparece, porque você só coloca o que foi gasto exatamente. A perda era muito grande”, conta o diretor do hospital, Cláudio Freitas. O sistema seria implantado em todos os hospitais da rede pública, mas o contrato com a empresa paulista que prestava o serviço venceu em outubro do ano passado. Segundo o diretor de tecnologia da informação do GDF, Luís Vicente Melo, será aberta uma licitação para contratar outra empresa. “A gente espera que dentro de um ano, um ano e meio, eles já consigam ter todas essas funcionalidades implantadas.”
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